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02.02.2018

Schmersal prevê crescimento de 12% na receita em 2018

Apesar das perspectivas ainda negativas para a indústria de máquinas e equipamentos, que carece ainda de uma recuperação do investimento em infraestrutura e sofre com a expectativa de concorrência com itens importados, a filial brasileira do grupo alemão Schmersal conseguiu aumentar sua receita no ano passado e já prevê um crescimento mais acelerado para 2018.

O momento está tão positivo que a empresa anunciou investimentos para expandir a fábrica de Boituva (SP), com 750 metros quadrados adicionais de área até 2020 e a contratação de ao menos 30 pessoas já neste ano. Serão cerca de 3% do faturamento aplicados em pesquisa e desenvolvimento durante os próximos anos. Durante 2017, a Schmersal Brasil viu sua receita líquida crescer em 10%. Agora, em 2018, acredita que pode elevar esse montante em 12%. O grupo não revela dados específicos, mas seu faturamento gira em torno dos € 220 milhões e aproximadamente 18% desse valor é gerado no Brasil - algo próximo a R$ 150 milhões no ano passado, subindo para quase R$ 170 milhões este ano. Assim como outras fabricantes de equipamentos e fornecedoras da indústria em geral, a empresa apostou em um pacote completo para conquistar mercado: não só a instalação, como toda a solução, novos projetos e a assistência posterior são serviços que o grupo presta por aqui. "Nos buscam para adequar toda a fábrica a normas de segurança, por exemplo, e nós não só analisamos a situação no momento como planejamos qual deve ser a melhor estratégia para a empresa", explica Rogério Baldauf, diretor-executivo no Brasil. "Nosso mercado é industrial, então trabalhamos principalmente com máquinas." A Schmersal produz, além de chaves, controladores e protetores de segurança, peças de automação para a indústria. A companhia também fabrica painéis e acessórios de elevadores. No mundo todo, emprega 1.800 pessoas, sendo 410 funcionários na filial brasileira. Por ser muito segmentado, a receita do grupo ainda é relativamente baixa, mas está em rota de crescimento. Na hora em que o mercado piorou, com a chegada da recessão no país, a companhia se voltou à exportação, conta Baldauf. Do Brasil, a empresa cuida das operações em toda a América Latina. No ano passado, as exportações já subiram 30%. Agora, enquanto cuida do aumento de encomendas locais, a empresa busca também ampliar sua presença no México, no Chile, no Peru, na Colômbia e na Argentina. "Mas a situação por aqui melhorou. O clima está bem mais propício ao investimento", diz o executivo. "O que precisaríamos era de uma maior estabilidade e 2018 traz muitas variáveis, por conta da eleição." Baldauf afirma que os últimos anos foram de dificuldades para o grupo no Brasil e que a matriz alemã se preocupou com o desempenho das operações, afetadas pelo andamento da economia local. Em 2015 e 2016, foram registradas quedas na receita, mas não tão relevantes. Com isso, a participação brasileira no resultado do grupo chegou a cair, um movimento intensificado por aquisições realizadas na Alemanha. Esses 18% do total de faturamento da companhia em todo o mundo pelos quais o Brasil responde já foram 21% até 2014, antes da crise. Agora, o objetivo é recuperar essa relevância em até cinco anos. "Estamos muito confiantes mesmo com a perspectiva no país", ressalta o executivo. Internamente, diz, os mercados mais estratégicos são alimentos, mineração, agronegócios, fabricantes de elevadores e aplicações em áreas com risco de explosão.  Link

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